sábado, 31 de outubro de 2009

Eventualmente todas as pessoas de quem gostamos saem da nossa vida, de uma maneira ou de outra. Nada dura para sempre, é o que dizem. Gosto de acreditar que algumas pessoas ficam, que alguns amigos são para toda a vida e que existe uma pessoa para cada um de nós que nos amará sempre, que é "a tal". Quero acreditar nisto, mas os factos e a experiência (a pouca que tenho) apontam para o contrário. Portanto, por muito que queira acreditar que algumas coisas são eternas, tenho de me conformar com a ideia de que nada é para sempre, o que me leva ao início, ao que realmente queria dizer.
O que realmente queria dizer é que gosto muito de ti. És, ou pelo menos gosto de pensar que és, o meu melhor amigo. Consegues ver-me como mais ninguém vê, conheces-me, sabes o que sinto mesmo quando tento escondê-lo. Quero dizer-te isto para que quando partires, porque vais fazê-lo eventualmente, saibas a diferença que fizeste na minha vida e o quanto gosto de ti.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Não foi tempo perdido. Não é tempo perdido.

"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."

Tempo perdido é não tentar, é desistir. A partir do momento em que tentamos, que vamos à luta, ganhamos sempre alguma coisa. Mesmo quando parece que perdemos, que sofremos uma derrota devastadora, ganhámos pelo menos uma lição. É a viver que aprendemos. Não arriscar é não viver e eu quero viver. Quero viver mais noites mágicas, mais passeios de mão dada, mais borboletas no estômago. Quero viver mais gargalhadas sentidas, mais silêncios confortáveis, mais sorrisos cúmplices. Quero viver mais viagens de eléctrico, de comboio, de carro e, sim, talvez até de barco.
Não me arrependo de todas as vezes que corri atrás, caí e esfolei os joelhos, não me arrependo dos momentos em que mergulhei de cabeça e bati com ela no chão. Não me arrependo de ter tentado, vivi. E vou viver muito mais.

terça-feira, 20 de outubro de 2009


Hoje chove imenso. Não me importa muito. Apetece-me sair e molhar-me. Apetece-me ir até à praia, sentar-me na areia molhada, estar comigo e com o mundo, fazer as pazes com as coisas, deixar partir os fantasmas de tudo o que já foi e encontrar o presente, o hoje, o agora, nesta chuva revigorante. Olhar para o mar, para o horizonte e ver as possibilidades, os sonhos que entretanto esqueci e fazer de hoje o primeiro dia do resto da minha vida. Apetece-me sentir o prazer de estar viva, saber a dádiva que é cada dia que me resta viver. Hoje apetece-me ser feliz.