Dizer que se ama alguém é fazer uma promessa. Amar alguém implica auto-sacrifício, implica saber perdoar, saber compreender e aceitar, saber dar e receber, implica longevidade. De facto, considero que esta última é a característica mais importante implícita no verbo amar. Quando se ama, ama-se para sempre, mesmo que, seja por que motivo for, o objecto desse sentimento deixe de fazer parte da nossa vida. Dizer que se ama alguém é prometer estar ao lado dessa pessoa para sempre. E, sim, dizem que nada é eterno, mas quando se diz "Amo-te", se não estivermos convictos de que é para sempre, é mentira. Não se ama com prazo de validade, não se vê fim quando alguém nos preenche completamente.
Por mais banalizado que o verbo amar esteja, e nos dias que correm está bastante, dizer "Amo-te" pode ser uma promessa para a pessoa que ouve. E não digo banalizado como quem diz "I love chocolate". Digo banalizado como os "teenagers" (geração da qual eu, infelizmente, faço parte) dizem "Amo-te" no dia em que começam a "andar" (já não se namora, "anda-se") com alguém novo.
Tudo isto para dizer a todas as pessoas a quem disse "Amo-te" (e muito poucas foram no sentido romântico da palavra) que é verdade e que é para sempre.