sexta-feira, 26 de novembro de 2010


Tenho saudades tuas. Das conversas, dos passeios, das patetices. Tenho saudades daquele teu olhar que dizia "Sei que me estás a esconder alguma coisa..." e que me fazia sempre deitar tudo cá para fora. E tu ouvias. E compreendias.
Nos momentos de adversidade, quando parece que o mundo está contra mim, nos momentos tristes, quando tudo parece perdido, nos momentos em que preciso de alguém é sempre em ti que penso, és sempre tu quem eu queria ter ao meu lado, é sempre a tua voz que eu queria ouvir, é sempre o teu olhar que quero para me apaziguar o espírito. E nos momentos felizes, quando tenho sucesso, quando tenho sorte, quando o mundo me sorri, é a ti que quero contar. Mas mesmo quando nada de especial se passa, é normal lembrar-me de ti, por qualquer motivo, por uma canção que passa na rádio, por um cheiro, por uma paisagem, por uma palavra, por uma imagem, por qualquer momento que vivemos e que me vem à memória.
Há coisas que passam com o tempo. Isto nunca passou e suspeito que será sempre assim... Vou ter sempre saudades tuas, vou continuar a lembrar-me de ti todos os dias. Não fico triste por ter saudades tuas. Pelo contrário, sinto-me feliz por te ter conhecido e posso visitar-te sempre que quiser porque te guardei no meu coração.

sábado, 25 de setembro de 2010


Take me home. Wherever home is, just take me there. Wrap me in your arms, like you used to do, and just let me cry. I'll be ok in a while, just say you're here, say you won't leave and I'll be ok. Tell me a story, tell me I just had a bad dream and that everything will be alright now. Say the beautiful things you used to say, let me stay here. Here, in this place I can only go to in my dreams now, here it feels like home. So, please, let me stay, please, don't push me away. Each step away from here is a step closer to the abyss.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010


You never said you'd stay. You never said forever, you never said "I love you", you never said you cared. It's not what you said, it's what you did. They say one action is worth more than a thousand words and it was your actions that made me believe in the things you never said. It was the way you looked at me, the way you talked to me, the way you held my hand and caressed my skin that made me believe you had found a reason to stay. I was wrong. I'm still trying to wrap my head around it, trying to figure out how could you fake an emotion, how could you fake a moment. It's not your fault. You always made your intentions very clear. It's my fault. My dreamer nature, my faith in people, my belief in fairy tales. All my fault. So don't think I blame you, I don't. I just, once again, saw something that wasn't there, forgot reality and lived a dream for a little while, but it's over now and I accept it. Just don't ever ask me not to care... I still do and always will.

terça-feira, 20 de julho de 2010


Quero dizer-te porque não consigo fazer o que me pedes, mas tenho medo. Magoa deixar-te assim, sem uma explicação, mas o medo impede-me de dizer o resto das palavras e a única coisa que tenho nos lábios é o "Não". Tenho medo que essas palavras sejam o que nos separa do abismo e que dizê-las nos faça cair, tenho medo que não compreendas e que aches que não quero a tua felicidade. Sempre quis a tua felicidade, sempre te disse que a ias encontrar, mas agora que o fizeste não sou capaz de fazer parte dela. Já nem sequer faço parte da tua vida, não o podes negar.
Não me procures mais, porque magoa. Magoa quando estamos os dois no mesmo tempo e no mesmo espaço e não somos sequer metade daquilo que me lembro, magoa saber que nunca vamos lá voltar. É como ter ali o fantasma de um sonho despedaçado, é pôr o dedo na ferida.
Fica lá com a tua felicidade, merece-la, mais do que qualquer outra pessoa que conheço. Fica com a tua vida, eu fico com a minha, tão mais pobre sem a tua presença, pois há muito que os nossos caminhos tomaram direcções opostas.

domingo, 30 de maio de 2010

No pain, no gain

Tenho medo. Sei que se me deixo cair no sonho esqueço a realidade e voltar a ela dói tanto... Tenho medo de me perder num sonho outra vez, de fazer desse sonho a minha vida, a razão da minha existência e de ficar de novo à procura de uma razão para existir quando acordar. Tenho medo de me esquecer dos meus limites, de não saber onde acabo e o resto começa, de achar que posso ir até onde quiser e depois sentir-me sem chão.
No entanto o medo não me impede de viver. Sinto-me aterrorizada, mas não vou deixar de lutar por aquilo que quero, não vou deixar de ter as coisas que me dão prazer e me fazem feliz... mesmo que o preço a pagar por elas seja alto, mesmo que no fim me doa. Não há doce sem amargo, quente sem frio, prazer sem dor.

domingo, 23 de maio de 2010

Dreaming... Seriously, where does it take you? Whether it's a small dream or the dream of your life, it always hurts when the dream is over and everything falls apart. It always hurts when you're forced to face reality and see the ugly truth.
Personally, I'm going to stop dreaming, it never did me any good. I'm going to bring my head down from the clouds and face the hard, cold ground where I keep falling. If I stop flying up there I won't fall anymore... right? If I force myself to always face reality, to always see the ugly truth underneath the sugar coating of stupid, pathetic, childish dreams I won't get hurt anymore.
Actually, to be honest, I don't even think I can dream anymore. The lack of faith keeps me from dreaming, it even keeps me from living. This lack of faith in myself and people in general makes me a wanderer, a mindless puppet with no direction. And, as usual, I'm not even making sense anymore. Better wrap it up for today.
To a better tomorrow!

sábado, 15 de maio de 2010


Há momentos em que nada mais me servia para acalmar a dor que tenho no peito se não poder ver-te, poder ligar-te apenas para falar, poder abraçar-te. E depois dói ainda mais, porque queria que todos estes gestos fossem coisas naturais e não são. São gestos que saem como que forçados, porque o que resta é o passado, nada mais.
Tenho de parar de viver no passado e ter os pés assentes no presente, os olhos fixos no futuro. De que me adianta a melancolia de momentos irrepetíveis, de palavras nunca mais ditas, de sonhos não concretizados? De que me serve querer com cada fibra do meu ser voltar atrás se essa é justamente a única coisa que não posso fazer? Tenho de parar de gastar as minhas forças a tentar viver num lugar onde já não vivo há muito tempo. Toda a minha energia tem de ser gasta a aprender a viver aqui, onde estou agora e a tentar construir o futuro onde viverei.
Sei isto tão bem quanto sei que o céu é azul, que a água é transparente... E pô-lo em prática?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Na realidade...

Não é um sonho, é bem real. Eu e tu, nós os dois, sempre foi real. Talvez seja por isso que me assuta tanto ter-te por perto, que me consome de pânico a ideia de ser contigo. Vivi demasiado tempo fora da realidade, em sonhos do que poderia ser, em ilusões onde tudo era perfeito. Na realidade a perfeição não existe, não somos perfeitos tu e eu e é assim que é suposto ser... E eu sei que é assim e sei que nunca tive nada tão real como tu e eu, como nós. É a realidade em si que me assusta, onde os actos têm consequências, onde as quedas magoam mesmo. Nos sonhos é mais fácil, porque não passam disso mesmo... E embora me deixe triste quando um sonho não se realiza, quando é a realidade que se desmorona, quando uma verdade universal se torna mentira é como se o mundo acabasse. É isso que custa, é disso que tenho medo, porque triste já eu sou e sabes isso melhor do que ninguém. Apesar de dizeres que não me percebes e de eu te acusar que não me conheces, a verdade é que me deves conhecer melhor do que ninguém, cada gargalhada e cada lágrima minha, cada tom de voz, cada centímetro do meu corpo, cada recanto escuro da minha alma. Vivemos tanto juntos que é impossível não conheceres.
Eu sei que é cliché, e sabes o quanto odeio clichés, mas o problema sou eu. Sou um problema gigante, ambulante, sempre fui, sempre serei. Tu não mudas... E eu também não. Nem é justo querer que alguém mude por nós. Mas amo-te e vou amar-te sempre, como não amo mais ninguém.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Não sei onde estou. Tão depressa vôo lá em cima, como caio cá em baixo, em queda livre até ao chão. Caio, levanto-me sem saber como tenho força para me levantar, olho à volta e não sei onde estou. Volto a levantar vôo e quando chego lá acima, onde tudo é possível, onde consigo ver tudo e tudo é maravilhoso, volto a cair, sem pára-quedas, sem nada nem ninguém cá em baixo para me amparar.
Por mais que me rodeie de gente estou sozinha, por mais pessoas que me queiram agarrar quando caio, continuo a cair sozinha. No final de contas, estamos sozinhos. Os familiares, os amigos e os amantes não estão lá para nos amparar a queda, mas sim para nos ajudar a levantar. Ninguém nos pode impedir de errar e quando se erra é preciso sofer as consequências. Os erros e o que lhes sucede são coisas individuais, por isso estamos sozinhos. O que é preciso é saber ser sozinho, construir um pára-quedas e não esperar ter uma rede lá em baixo quando acaba o sonho, quando acaba o mundo por momentos. E é preciso saber construir um mundo novo depois da queda e não voltar a cair no mesmo sítio.
Talvez nada disto faça sentido... Devaneios!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Tu estás vivo. E já devia ter chegado a esta conclusão há muito tempo.
No outro dia passei no Cais do Sodré, ao pé de um sítio onde trabalhaste. Lembro-me sempre de ti quando passo por ali, mas desta vez foi diferente, desta vez vi-te. Vi-te gordo e com cabelo castanho, como eras antes do que eu me lembro, como eras nas fotografias antigas. Vi-te a entrar apressado para o trabalho. Estavas ali. Estás aqui, comigo, sempre, de todas as formas que te consigo ver. Vives em mim e em todos os que ainda te amam. Vais viver sempre comigo, vais viver enquanto eu for viva.
Sinto-me tonta por não ter percebido antes.

Thanks, Yoda =)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Adeus, não afastes os teus olhos dos meus

Nada é eterno. Por mais que o queiramos, por mais que venhamos a acreditar num mundo cor-de-rosa em que isso acontece, é inútil iludirmo-nos. Nada é eterno.
Mais tarde ou mais cedo, de alguma forma, as pessoas saem da nossa vida ou nós saímos da vida delas, por questões geográficas, por questões de tempo ou porque simplesmente se deixam de ter coisas em comum, porque nada permanece imutável, as pessoas mudam, nós mudamos, a Terra gira e o tempo passa. Há que aproveitar o tempo que temos com quem amamos, porque hoje pode bem ser o último dia.
Acho que aproveitei o tempo que tive contigo. Tenha ou não aproveitado já não importa muito, porque esse tempo acabou. Não compreendo porquê, mas sei, sinto que acabou e não vou lutar mais contra isso. Não vou pôr as culpas em ti, não vou correr atrás de ti, não vou querer prender-te a mim. Não. Acabou. E tenho apenas de aceitar isso. Vou ficar aqui sentada na estação a ver-te ir embora, a correres para apanhar o teu comboio para a felicidade e vou esforçar-me para não chorar. Vou ficar feliz por ti e vou deixar-te ir; dizem por aí que é isso que se faz quando se ama alguém.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Há dias em que acordo e o mundo não está cinzento, o sol bate-me na face e aquece-me, espreguiço-me e quero levantar-me, quero sair da cama para ver o que está lá fora, aproveitar cada raio de sol, cada cor, cada cheiro, cada som. Nestes dias apercebo-me que nos outros dias, a maior parte dos dias para ser sincera, ando tão absorvida nos problemas, nas tristezas e nas desventuras que me esqueço da bênção que é apenas estar viva. Esquecendo-me disto não desfruto de cada batimento cardíaco, de cada golfada de ar fresco, de cada pequeno pormenor que torna cada dia único, irrepetível.
Apesar de saber isto, sei também que vou voltar a acordar num dia cinzento, em que a pouca claridade que entra pela janela me vai fazer esconder debaixo do edredon e não vou querer sair da cama, não vou querer sair e ver tudo o que há de feio no mundo, de triste, de cruel.
Porque é que não consigo ter um meio termo entre os dois?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Recordar é viver

Às vezes ainda me ocorrem coisas idiotas que disseste numa ocasião qualquer e não consigo deixar de sorrir.
Tu sentado à mesa de poker, de fato, chapéu de lado (assim à gangster) e charuto na mão. E eu sentada no teu colo, com o meu vestido branco às bolinhas pretas, a lançar olhares aos outros jogadores e a segredar-te coisas ao ouvido que te faziam rir. Tudo isto uma táctica para distrair toda a gente e sairmos do casino com uma batelada de dinheiro.
Pode não ter sido bem assim que o disseste, mas foi esta a imagem que guardei. Como é possível não sorrir a estes pensamentos?
Disseste-me uma vez que recordar é viver (ainda tenho isso escrito para aqui em qualquer lado...). Fico feliz por ser capaz de te recordar com ternura, em vez de rancor, por te desejar bem, por não lamentar que o meu caminho se tenha cruzado com o teu.
Disse muitas vezes a mim própria e aos outros que já não te amo. Estava zangada, não é verdade. Sabes que para mim quando se ama, ama-se para sempre, mesmo quando as pessoas deixam de fazer parte da nossa vida, mesmo quando já não as queremos por perto. Amo-te e amar-te-ei sempre, e ainda bem, significa que a tua passagem não me mudou, não me destruiu. Continuo a ser quem sou e quem eu sou recordar-te-á sempre com ternura e terá sempre a porta aberta para quando precisares.