terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Mau dia



As ondas vêm lamber a areia devagar e quase que sinto o sal arranhar-me as feridas. O céu, de tão escuro, ameaça cair sobre a minha cabeça. A areia está molhada e não corre por entre os meus dedos. Está vento e frio e não tenho onde me abrigar. Hoje até a praia se virou contra mim.

Onde estás?

Vem, vem tu lamber as minhas feridas. Vem esconder-me dentro de ti para que não me caia o céu na cabeça, para me proteger do vento e do frio. Vem dizer-me que é mentira, que está tudo bem. Vem amar-me por uma eternidade.