sábado, 16 de agosto de 2008

Uma bolsinha de camurça


Precisava de fugir. Queria esconder-me, em qualquer lugar, longe do que me é familiar, para me encontrar ou para me perder, para conseguir mudar. Não sei se me encontrei ou se me perdi, não sei sequer se consegui mudar o que quer que fosse, sei apenas que encontrei tudo o que procurava, para além de mim mesma. No lugar mais improvável, onde nunca pensei procurar, encontrei paz, encontrei tudo aquilo de que preciso para me sentir bem. Mas não pude ficar. Tudo o que vi e senti tive de guardar numa bolsinha de camurça, igual a uma que tinha quando era pequenina, que a minha mãe me deu e que eu levava para todo o lado, cheia de felicidade, a bolsinha, claro. Agora levo para todo o lado uma bolsinha de camurça imaginária, igual a uma que tive há muito tempo, para a abrir de vez em quando e saber que há um lugar para mim, onde sou eu, onde me sinto bem.

3 comentários:

Anónimo disse...

guarda la as pantufas também xD

Anónimo disse...

imaginario? baahh

nao largues as drogas que nao vale a pena xD

Anónimo disse...

ate ta bonita e bem escrito va... XD