domingo, 26 de abril de 2009

Divagações de uma sonhadora


Acredito em fadas e em meninos que nunca crescem. Podem dizer-me que não existem, mas acredito neles. Acredito em feiticeiros e castelos encantados, em ogres e burros que se apaixonam por dragões, em ratinhos que sabem cozinhar e noutros ratinhos que salvam princesas, em peixinhos que atravessam o oceano inteiro e enfrentam tubarões e em muitas outras maravilhas.
Acreditar no impossível é acreditar que tudo é possível, que não existem fronteiras para o que podemos fazer, é saber que podemos concretizar todos os nossos sonhos, basta querer e acreditar. Num mundo de feiticeiros e castelos encantados os presumidamente mais fracos vencem os presumidamente mais fortes. Onde há ratinhos que salvam princesas há meninas comuns que são a princesa de alguém.
Os momentos piores da vida existem para conhecermos e sabermos disfrutar dos bons - se não provássemos o amargo não conhecíamos o doce. Todos os momentos bons valem a pena os maus, as batalhas perdidas, as adversidades de cada dia. É pelos momentos bons que continuo a acreditar em príncipes encantados, em finais felizes e em mundos cheios de fadas e de meninos que nunca crescem. E sei que se acreditar neles, e em mim, vou conseguir chegar a qualquer lugar.

terça-feira, 31 de março de 2009

just something on my mind...

Passo os dias a tentar fazer coisas que não quero fazer, coisas que não têm qualquer objectivo. E, para além de não conseguir fazer essas coisas, por mais que tente não consigo, fico sem tempo para fazer as coisas que quero, para ler o livro de Fernando Pessoa que me deram nos anos, para acabar de ler aquele que comecei do António Lobo Antunes no ano passado. Os compromissos que me ocupam o tempo consomem-me de tal forma que já nem escrever consigo, mas não é por não ter tempo, é por não ter vontade, por não ter inspiração. Nunca precisei de ficar a olhar para uma folha em branco e espremer fosse o que fosse cá para fora. As coisas sempre me nasceram na cabeça, ou no coração, ou algures a meio, e forçaram o meu braço a obrigar a minha mão a pegar numa caneta e escrever, assim, sem mais nada, sem sequer pensar, apenas passar para o papel o que nasce dentro de mim. Mas já não nascem palavras dentro de mim, nem sonhos, nem nada. É como se na minha vida houvesse cada vez menos vida. E isto não faz qualquer sentido.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Estrelícias


Estrelícias. São plantas, aparentemente da família da bananeira, originárias da Madeira.
Adoro-as e odeio-as.
Adoro-as porque são bonitas, porque são diferentes, únicas, pelo amarelo que se transforma em cor-de-laranja, que se transforma em vermelho, pelo azul, porque o meu pai me trazia uma sempre que ia à Madeira.
Odeio-as porque ele nunca mais me vai trazer uma. Não consigo contemplar a beleza de uma estrelícia sem me lembrar dele, sem me lembrar do jarro em cima da escrivaninha na casa de Alverca, com uma estrelícia lá dentro e, algures por ali, um pai acabadinho de chegar.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

=P


Porque o prometido é devido.

Vejo alegria onde costuma haver pouca. Obrigada =)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

My heart will go on



Sinto a tua falta. A cada dia que passa sinto mais a tua falta. É mentira quando dizem que o tempo alivia a dor. Não, a dor é a mesma, nós é que nos acostumamos a ela, como a uma doença crónica. E o tempo, já não o meço na minha idade (não posso fazer 20 anos sem tu estares aqui, não é possível), não o meço em dias, meço-o pela eternidade que vem passando desde que partiste.
Sinto a tua falta. Todos os dias tenho coisas para te contar, todos os dias preciso de te ouvir. Há tanto que nunca te disse, tanto que não me ensinaste... Mas não há mais nada que te possa dizer, não há mais nada que possa fazer por ti, e essa impotência consome-me. Agora é tarde.