sábado, 23 de maio de 2009


No, I don't love you anymore, I don't miss you. I'm just grieving, a dream died.
I don't want to see you anymore, I don't want to kiss you, your lips are poisoned. I don't want you to hold me, your embrace would suffocate me. I don't want to look into your eyes anymore, they would turn me into stone. I don't want to feel the touch of your skin, the mere tought of it disgusts me, I think I would die if you touched me.
So, if people ask me, no, I don't love you anymore. I'm just grieving, a dream died. But another dream was born from the ashes, like a phoenix rising to a new life.
(Photo by me @ Quinta da Regaleira, Sintra)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Delete


Que se eliminem todos os Opel Astra da face da Terra, por favor. Todos os Opel Astra, todos os calções e ténis rasgados, todos os cabelos rapados, todos os olhos azuis. Que deixe de se ouvir Heavy Metal, a guitarra do Santana, a Vanessa da Mata e até o David Fonseca. Que se destruam todas as televisões onde passarem os Simpsons e How I Met Your Mother. Que não se façam mais macacos de peluche. Que se esqueçam todas as receitas de tarte de maçã. Que deixem de existir comboios, autocarros ou qualquer tipo de transporte para o Parque das Nações. Que desapareça o Colombo e o Estádio da Luz. Que escondam a Estufa Fria para nunca mais ser encontrada. Que caia a ponte 25 de Abril.
Que mais ninguém dê a um filho esse nome biblíco. Que destruam todas as placas que levam a esse lugar. Que deixe de existir, pelo menos para mim, tudo o que se relaciona contigo. Talvez assim tenha um pouco de paz.

domingo, 26 de abril de 2009

Divagações de uma sonhadora


Acredito em fadas e em meninos que nunca crescem. Podem dizer-me que não existem, mas acredito neles. Acredito em feiticeiros e castelos encantados, em ogres e burros que se apaixonam por dragões, em ratinhos que sabem cozinhar e noutros ratinhos que salvam princesas, em peixinhos que atravessam o oceano inteiro e enfrentam tubarões e em muitas outras maravilhas.
Acreditar no impossível é acreditar que tudo é possível, que não existem fronteiras para o que podemos fazer, é saber que podemos concretizar todos os nossos sonhos, basta querer e acreditar. Num mundo de feiticeiros e castelos encantados os presumidamente mais fracos vencem os presumidamente mais fortes. Onde há ratinhos que salvam princesas há meninas comuns que são a princesa de alguém.
Os momentos piores da vida existem para conhecermos e sabermos disfrutar dos bons - se não provássemos o amargo não conhecíamos o doce. Todos os momentos bons valem a pena os maus, as batalhas perdidas, as adversidades de cada dia. É pelos momentos bons que continuo a acreditar em príncipes encantados, em finais felizes e em mundos cheios de fadas e de meninos que nunca crescem. E sei que se acreditar neles, e em mim, vou conseguir chegar a qualquer lugar.

terça-feira, 31 de março de 2009

just something on my mind...

Passo os dias a tentar fazer coisas que não quero fazer, coisas que não têm qualquer objectivo. E, para além de não conseguir fazer essas coisas, por mais que tente não consigo, fico sem tempo para fazer as coisas que quero, para ler o livro de Fernando Pessoa que me deram nos anos, para acabar de ler aquele que comecei do António Lobo Antunes no ano passado. Os compromissos que me ocupam o tempo consomem-me de tal forma que já nem escrever consigo, mas não é por não ter tempo, é por não ter vontade, por não ter inspiração. Nunca precisei de ficar a olhar para uma folha em branco e espremer fosse o que fosse cá para fora. As coisas sempre me nasceram na cabeça, ou no coração, ou algures a meio, e forçaram o meu braço a obrigar a minha mão a pegar numa caneta e escrever, assim, sem mais nada, sem sequer pensar, apenas passar para o papel o que nasce dentro de mim. Mas já não nascem palavras dentro de mim, nem sonhos, nem nada. É como se na minha vida houvesse cada vez menos vida. E isto não faz qualquer sentido.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Estrelícias


Estrelícias. São plantas, aparentemente da família da bananeira, originárias da Madeira.
Adoro-as e odeio-as.
Adoro-as porque são bonitas, porque são diferentes, únicas, pelo amarelo que se transforma em cor-de-laranja, que se transforma em vermelho, pelo azul, porque o meu pai me trazia uma sempre que ia à Madeira.
Odeio-as porque ele nunca mais me vai trazer uma. Não consigo contemplar a beleza de uma estrelícia sem me lembrar dele, sem me lembrar do jarro em cima da escrivaninha na casa de Alverca, com uma estrelícia lá dentro e, algures por ali, um pai acabadinho de chegar.