segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Saudade

Não costumo olhar pela janela do meu quarto, mas quando olho lá está a tua casa. Tão perto e, no entanto, tão longe. Olho pela janela, penso em ti e não consigo evitar a onda de nostalgia que me invade. Como é que estas coisas acontecem? Como é que alguém deixa de fazer parte das nossas vidas?
De certeza que ainda te lembras, como eu, das tardes em que passávamos horas a conversar, em que falávamos de tudo, das coisas mais íntimas às coisas mais idiotas. Sempre foi assim contigo, sempre soube que podia dizer-te fosse o que fosse. Agora já não sei nada. Quanto mais penso nisso, menos consigo compreender como saímos daí e chegámos aqui. Parece algo que se passou noutra vida, há muito, muito tempo... Apetece-me ir até aí e esperar que apareças, sentada à tua porta, só para te perguntar como estás, mas não tenho coragem.
Sempre que fores ao teu quintal olha para a minha janela e pensa que um dia, quando tiver coragem, vou esperar por ti à porta de tua casa para ficarmos os dois a conversar como fazíamos antes.

3 comentários:

yodapt disse...

Aquilo que transmites pelas tuas palavras, contrariando o assunto pelo que escreves, é que te falta muito pouco para iniciares uma nova fase, e dar término a essas dúvidas / problemas. Boa sorte ** e não te esqueças no fim de dar valor a essa passagem, porque se antes te parece mau, no fim é uma vitória ;)

***

Filipe

Anónimo disse...

Saudade é aquela palavra que é unicamente portuguesa e que mais nenhuma lingua consegue traduzir o que essa palavra significa!!!
Saudades de tudo, inclusive aqueles belos dias!!
***

Anónimo disse...

As amizades são meros degraus por quais nós atravessamos no decorrer da nossa existência. Em algumas situações essas amizades perduram anos e anos, senão a vida inteira, enquanto outras simplesmente perduram nas nossas memórias.
Faz o que tu achares correcto, ganha coragem.
Vive a vida no seu pleno!