domingo, 30 de maio de 2010

No pain, no gain

Tenho medo. Sei que se me deixo cair no sonho esqueço a realidade e voltar a ela dói tanto... Tenho medo de me perder num sonho outra vez, de fazer desse sonho a minha vida, a razão da minha existência e de ficar de novo à procura de uma razão para existir quando acordar. Tenho medo de me esquecer dos meus limites, de não saber onde acabo e o resto começa, de achar que posso ir até onde quiser e depois sentir-me sem chão.
No entanto o medo não me impede de viver. Sinto-me aterrorizada, mas não vou deixar de lutar por aquilo que quero, não vou deixar de ter as coisas que me dão prazer e me fazem feliz... mesmo que o preço a pagar por elas seja alto, mesmo que no fim me doa. Não há doce sem amargo, quente sem frio, prazer sem dor.

domingo, 23 de maio de 2010

Dreaming... Seriously, where does it take you? Whether it's a small dream or the dream of your life, it always hurts when the dream is over and everything falls apart. It always hurts when you're forced to face reality and see the ugly truth.
Personally, I'm going to stop dreaming, it never did me any good. I'm going to bring my head down from the clouds and face the hard, cold ground where I keep falling. If I stop flying up there I won't fall anymore... right? If I force myself to always face reality, to always see the ugly truth underneath the sugar coating of stupid, pathetic, childish dreams I won't get hurt anymore.
Actually, to be honest, I don't even think I can dream anymore. The lack of faith keeps me from dreaming, it even keeps me from living. This lack of faith in myself and people in general makes me a wanderer, a mindless puppet with no direction. And, as usual, I'm not even making sense anymore. Better wrap it up for today.
To a better tomorrow!

sábado, 15 de maio de 2010


Há momentos em que nada mais me servia para acalmar a dor que tenho no peito se não poder ver-te, poder ligar-te apenas para falar, poder abraçar-te. E depois dói ainda mais, porque queria que todos estes gestos fossem coisas naturais e não são. São gestos que saem como que forçados, porque o que resta é o passado, nada mais.
Tenho de parar de viver no passado e ter os pés assentes no presente, os olhos fixos no futuro. De que me adianta a melancolia de momentos irrepetíveis, de palavras nunca mais ditas, de sonhos não concretizados? De que me serve querer com cada fibra do meu ser voltar atrás se essa é justamente a única coisa que não posso fazer? Tenho de parar de gastar as minhas forças a tentar viver num lugar onde já não vivo há muito tempo. Toda a minha energia tem de ser gasta a aprender a viver aqui, onde estou agora e a tentar construir o futuro onde viverei.
Sei isto tão bem quanto sei que o céu é azul, que a água é transparente... E pô-lo em prática?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Na realidade...

Não é um sonho, é bem real. Eu e tu, nós os dois, sempre foi real. Talvez seja por isso que me assuta tanto ter-te por perto, que me consome de pânico a ideia de ser contigo. Vivi demasiado tempo fora da realidade, em sonhos do que poderia ser, em ilusões onde tudo era perfeito. Na realidade a perfeição não existe, não somos perfeitos tu e eu e é assim que é suposto ser... E eu sei que é assim e sei que nunca tive nada tão real como tu e eu, como nós. É a realidade em si que me assusta, onde os actos têm consequências, onde as quedas magoam mesmo. Nos sonhos é mais fácil, porque não passam disso mesmo... E embora me deixe triste quando um sonho não se realiza, quando é a realidade que se desmorona, quando uma verdade universal se torna mentira é como se o mundo acabasse. É isso que custa, é disso que tenho medo, porque triste já eu sou e sabes isso melhor do que ninguém. Apesar de dizeres que não me percebes e de eu te acusar que não me conheces, a verdade é que me deves conhecer melhor do que ninguém, cada gargalhada e cada lágrima minha, cada tom de voz, cada centímetro do meu corpo, cada recanto escuro da minha alma. Vivemos tanto juntos que é impossível não conheceres.
Eu sei que é cliché, e sabes o quanto odeio clichés, mas o problema sou eu. Sou um problema gigante, ambulante, sempre fui, sempre serei. Tu não mudas... E eu também não. Nem é justo querer que alguém mude por nós. Mas amo-te e vou amar-te sempre, como não amo mais ninguém.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Não sei onde estou. Tão depressa vôo lá em cima, como caio cá em baixo, em queda livre até ao chão. Caio, levanto-me sem saber como tenho força para me levantar, olho à volta e não sei onde estou. Volto a levantar vôo e quando chego lá acima, onde tudo é possível, onde consigo ver tudo e tudo é maravilhoso, volto a cair, sem pára-quedas, sem nada nem ninguém cá em baixo para me amparar.
Por mais que me rodeie de gente estou sozinha, por mais pessoas que me queiram agarrar quando caio, continuo a cair sozinha. No final de contas, estamos sozinhos. Os familiares, os amigos e os amantes não estão lá para nos amparar a queda, mas sim para nos ajudar a levantar. Ninguém nos pode impedir de errar e quando se erra é preciso sofer as consequências. Os erros e o que lhes sucede são coisas individuais, por isso estamos sozinhos. O que é preciso é saber ser sozinho, construir um pára-quedas e não esperar ter uma rede lá em baixo quando acaba o sonho, quando acaba o mundo por momentos. E é preciso saber construir um mundo novo depois da queda e não voltar a cair no mesmo sítio.
Talvez nada disto faça sentido... Devaneios!